No Egito
nasceu a arte da elaboração do perfume. Por volta de 2000 a.C., os
primeiros clientes foram os faraós e os membros importantes da corte,
logo, o uso do perfume se difundiu, trazendo um agradável toque de
frescor ao clima quente e árido do Egito.
A necessidade de contar com essências refrescantes tornou-se tão
fundamental que a primeira greve da história da humanidade foi
protagonizada em 1330 a.C. pelos soldados do faraó Seti I, que pararam
de fornecer unguentos aromáticos. Pouco depois (1300 a.C.), coube ao
faraó Ramsés II enfrentar uma revolta de peões em Tebas, que estavam
indignados com a escassez de rações, de comida e de unguentos.
O químico árabe, Al-Kindi (Alkindus), escreveu no século IX um livro
sobre perfumes chamado Livro da Química de Perfumes e Destilados. Ele
continha centenas de receitas de óleos de fragrâncias, salves, águas
aromáticas e substitutos ou imitações para droga caras. O livro também
descrevia cento e sete métodos e receitas para a perfumaria, inclusive
alguns dos instrumentos usados na produção de perfumes ainda levam nomes
árabe, como alambique, por exemplo.
O médico e o químico persas Muslim e Avicenna (também conhecido como
Ibn Sina) introduziram o processo de extração de óleos de flores através
da destilação, o processo mais comumente utilizado hoje em dia. Seus
primeiros experimentos foram com as rosas. Até eles descobrirem perfumes
líquidos, feitos de mistura de óleo e ervas ou pétalas amassadas que
resultavam numa mistura forte. A água de rosas era mais delicada, e logo
tornou-se popular. Ambos os ingredientes experimentais e a tecnologia
da destilação influenciaram a perfumaria ocidental e desenvolvimentos
científicos, principalmente na química.
A partir da Espanha, foi introduzido em toda a Europa durante o Renascimento. Foi na França, a partir do século XVI,
onde se cultivavam flores, que ocorreu o grande desenvolvimento da
perfumaria, permanecendo desde então como o centro europeu de pesquisas e
comércio de perfumes.
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